História

No Final da década de 1970 a Sagrada Congregação para os Bispos, da qual dependiam as “Prelaias-Nullius” do Brasil, iniciou o processo de transformação das Prelazias, que preenchiam algumas exigências, em Dioceses, através da Nunciatura Apostólica do Brasil.
O Bispo Prelado, Dom Moacyr Grechi, após consultar o Presbitério da Prelazia e o Conselho de Pastoral, em data de 20 de janeiro de 1980, dirigiu-se ao Santo Padre João Paulo II com uma carta, solicitando em seu nome pessoal, em nome do Presbitério e do povo cristão a elevação da Prelazia do Acre e Purus á categoria Diocese.
Na carta se afirmava que a Ordem dos Servos de Maria, Província do Brasil, responsável pela Missão estava plenamente de acordo, e com a Prelazia tinha um numero suficiente de Presbíteros para levar em frente o trabalho pastoral programado com a colaboração de muitos leigos engajados. E, mesmo dependendo de ajuda externa, a Prelazia gozava de certa autonomia econômica.
O Núncio Apostólico, em carta datada de 24 de dezembro de 1980, solicitou ao Bispo-Prelado informações mais amplas e completas sobre a situação da Prelazia.
Reiterando o pedido feito anteriormente o Bispo-Prelado enviou, em 19 de fevereiro de 1981, um relatório de 8 paginas datilografadas, relatando amplamente a situação da Prelazia, a respeito dos seguintes aspectos: clero, organização da Prelazia, setores de atividade pastorais, obras educativas e assistenciais, situação econômica e patrimonial, dados diversos, e uma visão global do trabalho pastoral da Prelazia.
Varias cartas da sagrada congregação e do Cardeal Sebastião Baggio, responsável da mesma, foram respondias pelo Bispo Prelado esclarecendo todos os pedidos e questionamento apresentados.
A tudo isto se surgiu um longo período de silencio de 4 anos.Pela metade do ano de 1985, Dom Moacyr Grechi fez um segundo pedido á santa Sé. Dirigindo-se diretamente ao Papa João Paulo II, em 8 de abril de 1985, solicitava ao Papa “que a prelazia fosse elevada a categoria de Diocese”.
O pedido do Bispo também apoiado pela presidência da CNBB. Junto com as assinaturas de Dom Ivo Lorscheider, Dom Benedito de Ulhoa Vieria e Dom Luciano Mendes de Almeida, afirmavam que “trata-se de uma igreja particular viva, bem organizada considerada modelar em diversos aspectos”. Ao mesmo tempo os bispos manifestavam sua surpresa diante do fato de que, por razoes desconhecidas, os órgãos competentes da Santa Sé, não acolheram a solicitação apresentada pela Prelazia do Acre e Purus, através do seu Bispo Prelado, Dom Moacyr Grechi.

                Por fim, aos 15 de fevereiro de 1986, o Papa João Paulo II, com a bula pontifícia “Cum Praelaturae Acrensis et Puruensis” elevava a Prelazia do Acre e Purus á categoria de Diocese, sob a denominação de “Diocese de Rio Branco”.
Com o primeiro Bispo Diocesano foi nomeado o então Bispo Prelado Dom Moacyr Grechi. Na bula se estabelecia tudo o que fazia a referencia á nova Diocese, em particular no que dizia respeito á sede diocesana, á Igreja Catedral, aos direitos e obrigações, assim como a religação com a igreja metropolitana que continuava sendo a arquidiocese de Manaus.
Em 26 de junho de 1986, o encarregado “ad ínterim” de negócios da Nunciatura Apostólica do Brasil, com o Decreto nº 8.325 delegou ao Bispo de Roraima, Dom Aldo Mogiano “os poderes para que se possa proceder á ereção canônica da nova diocese de rio branco e dar posse da mesma ao Exmo. Sr. Dom Moacyr Grechi, seu primeiro Bispo, conforme o estabelecido pela Bula Pontifícia”.
A notícia da elevação da Prelazia do Acre e Purus á categoria de Diocese foi recebida com contido entusiasmo pelo clero e pelos fieis, conscientes que o momento não era propicio para expressões triunfalistas, mas um momento de grave responsabilidade, no sentido que a nova Diocese deveria, no futuro próximo, procurar sempre mais sua autonomia pastoral e financeira.
Foi constituída uma equipe especial para organizar as celebrações litúrgicas da instalação da nova Diocese, para reformular os convites e dar a maior divulgação ao acontecimento.
Foi fixada a data de 29 de junho de 1986, festa dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, que coincidia com o aniversario de ordenação sacerdotal do Bispo Dom Moacyr (25 anos de sacerdócio).
Esta tríplice celebração foi solenemente realizada no dia da festa dos Apóstolos Pedro e Paulo.